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domingo, 27 de junho de 2010


Se você penetrar no seu corpo, três camadas estão lá: bem na superfície está seu corpo. O corpo parece material, mas bem no fundo estão as correntes da vida, prana, a energia vital. Sem essa energia vital seu corpo seria somente um cadáver. Ele está vivo, com alguma coisa fluindo nele.

Esse fluir ‘alguma coisa’ é energia. Mais profundamente, porém, ainda mais fundo, você fica cônscio, você pode testemunhar. Você pode testemunhar tanto seu corpo quanto sua energia vital. Esse testemunhar é sua consciência.

Toda existência possui três camadas. A mais profunda é a consciência testemunha. No meio está a energia vital e bem na superfície está a matéria, o corpo material.

Essa técnica diz: essa consciência existe em cada ser, e nada mais existe. O que você é? Quem é você? Se você fechar seus olhos e tentar descobrir quem você é, no final você está destinado a chegar à conclusão de que você é consciência.

Essa consciência existe em cada ser, e nada mais existe. Viva com essa noção. Seja sensível a isso e onde quer que você vá, mova-se com essa mente e esse coração – que tudo é consciência e nada mais existe.

Mais cedo ou mais tarde, o mundo mudará sua face. Cedo ou tarde, objetos desaparecem e pessoas começam a aparecer em toda parte. Cedo ou tarde, o mundo inteiro subitamente estará iluminado e você saberá que você estava vivendo num mundo de coisas mortas apenas por causa da sua insensibilidade. Do contrário tudo está vivo – não somente vivo, tudo está consciente.


Osho, em "The Book of Secrets"
Imagem por hom26
www.palavrasdeosho.com

sábado, 26 de junho de 2010


Pensamentos se tornam palavras. Palavras se transformam em ações. Ações viram hábitos. Hábitos definem seu perfil. Seu perfil traça seu destino. Olhando essa equação, explicada assim, de forma tão simples e direta, fica difícil não perceber o quanto ela é exata. Mas o fato é que, no dia a dia, a gente não presta atenção aos pensamentos e mal percebe quando está presa num círculo vicioso de ideias negativas. O alerta muitas vezes vem dos outros, que fogem de nosso mau humor. Ou do corpo, que grita por socorro em meio a dores e doenças psicossomáticas.

Em seu famoso livro O Poder do Agora (ed. Sextante), o escritor alemão radicado no Canadá Eckhart Tolle, um renomado especialista em espiritualidade, afirma que nós somos bombardeados por pensamentos ruins o tempo todo. Algumas vezes eles aparecem sob a forma de vozes internas, outras, como imagens ou até “filmes” mentais. É um processo involuntário e constante que drena nossa energia vital, além de causar tristeza, medo e ansiedade. “O pensar compulsivo é como um vício, exatamente porque você não consegue parar”, escreve.

Segundo Price Pritchett, especialista em Psicologia Positiva e autor do livro O Otimismo Atrai o Sucesso – As 12 Práticas para Reduzir o Pensamento Negativo e Adotar a Atitude de um Vencedor (ed. Cultrix), é provável que 70% dos nossos pensamentos negativos passem despercebidos. Isso porque eles se escondem sob a forma de queixas, preocupações, críticas ou pena dos outros. “Quando estamos em um desses quatro modos de pensar, filtramos mentalmente nossas experiências para enfocar o negativo. Mais especificamente, estamos plantando sementes de pessimismo”, diz.

É como se houvesse uma espécie de lente distorcida capaz de escurecer a realidade. “Algumas pessoas só percebem o mundo através de um ponto de vista sombrio, mesmo quando a situação não tem essa conotação. Até quando tudo parece caminhar bem e acontece apenas uma coisa ruim, todo o resto perde o sentido para elas”, explica a psicoterapeuta junguiana Sâmara Jorge.

Para a psicanalista Cida Lessa, essa dinâmica de supervalorizar o negativo pode ser considerada um fenômeno coletivo hoje em dia. “Vivemos um momento muito estressante, tudo tem de ser para ontem, as informações chegam muito rapidamente e a pressão no trabalho é cada vez maior. Diante disso, as pessoas passam a se cobrar demais, criando altas expectativas e, quando uma delas não é atingida, se colocam em posição de vítima.”

Sem reclamação
Se isso acontece, imediatamente, todos os nossos problemas passam a ser considerados responsabilidade dos outros: nossos pais, filhos, chefe, marido ou até mesmo do tempo. É aí que a gente ouve – ou diz – aqueles famosos jargões: ‘só comigo’, ‘ninguém me entende’, ‘nunca vou conseguir’, ‘tudo sempre acaba mal para mim’, ou simplesmente ‘desisto’.

A vice-presidente da Sociedade Brasileira de Coaching Flora Victoria explica que pensar negativamente é enxergar apenas determinado ponto da questão. “O pessimista acredita na permanência do problema, generaliza o que é ruim e especifica o que é bom. Diz que nada funciona para ele. Quando a gente o lembra daquela vez que deu certo, ele alega que foi uma exceção. Já o otimista faz o contrário, sabe que as adversidades são passageiras e que dificilmente as coisas dão errado”, afirma.

Segundo Flora, nós aprendemos desde pequenos a filtrar a realidade, direcionando nosso entendimento dos fatos a partir das crenças pessoais. “Fazemos de tudo para confirmar nossas crenças, porque elas são um terreno seguro para nós. Ao observarmos os acontecimentos, descartamos tudo aquilo que destoa do caminho que conhecemos e selecionamos apenas as provas de que nossas opiniões estão certas”, explica.

Assim também pensa a consultora americana Linda Spangle, autora de diversos livros sobre perda de peso, como Life Is Hard, Food Is Easy (em tradução livre, “Viver É Difícil, Comer É Fácil”), ainda não publicado no Brasil. Em suas palestras sobre motivação, Linda afirma que a mente tem uma importância determinante nos resultados que obtemos em qualquer questão. Ela usa a fórmula: fato-pensamento-ação-resultado para demonstrar que é nossa interpretação dos acontecimentos que determina o sucesso ou fracasso em uma situação.

Para ilustrar a teoria, imagine a seguinte situação. Uma mulher marca um encontro com seu namorado em um restaurante ao meio-dia. Chega pontualmente e o espera. Passam 15 minutos e nada. Ela começa a ficar aflita. Como não confia nos homens, logo pensa no pior. Liga para seu celular, mas só dá caixa postal. Meia hora depois, tenta o telefone do escritório, mas ninguém atende. Sua angústia aumenta. “Ele só pode ter se esquecido do compromisso”, pensa.

“Ou será que está com outra?” Em meio às alucinações, ela se levanta para ir embora quando ele chega sorridente. Mas, antes de ouvir o que tinha a dizer, ela pergunta irritada: “Como você pôde fazer isso comigo?”. Se tivesse controlado as tempestades mentais e não se deixado levar pela emoção, daria a ele uma chance de se explicar e saberia que o rapaz foi chamado às pressas pelo chefe para ser promovido e não conseguiu avisá-la. No entanto, em vez de um almoço de comemoração, o episódio termina em fim de relacionamento. Revoltada, ela confirma sua tese: homem nenhum presta!

De acordo com a escritora, nossas leituras distorcidas sobre os fatos se baseiam em experiências anteriores que não deram certo. “Seu passado não determina seu futuro. Aliás, seus erros e fracassos anteriores não têm nada a ver com sua capacidade de ser bem-sucedida agora. Elimine a crença de que as coisas sempre acontecem do mesmo jeito e de que você nunca chegará aonde quer. Quando essa ideia vier à mente, afirme: eu costumava ser assim. Não sou mais”, aconselha.

segunda-feira, 21 de junho de 2010


Linhaça é súper
Para aproveitar tudo que a linhaça tem de bom, a dica é triturá-la. O liquidificador, portanto, é muito bem-vindo
Estudos quentíssimos mostram que a semente do linho é mesmo capaz de impedir o crescimento do câncer de mama. Mas existem macetes na hora do consumo que você precisa conhecer para tirar o melhor proveito desse superalimento. Estão todos aqui!
por REGINA PEREIRA | design ROBSON QUINAFÉLIX | foto SHEILA OLIVEIRA
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Contam os arqueólogos que a linhaça era usada em mumificações no Egito. Outros achados apontam que era empregada com sucesso para tratar ferimentos. E, se antigamente fazia parte até mesmo de rituais, hoje ela marca presença nos laboratórios de grandes centros de pesquisa em nutrição. Na Universidade de Toronto, no Canadá, por exemplo, a cientista Lilian Thompson comprovou que a semente é capaz de barrar a metástase em pacientes com câncer de mama ou seja, a linhaça evitou que o tumor se espalhasse e tomasse conta do organismo.

Esse excelente resultado foi apresentado no 6° Simpósio Latino-Americano de Ciência de Alimentos, que aconteceu no mês passado na Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. Segundo a pesquisadora canadense, "trabalhos realizados em várias universidades mostram que a semente é capaz de diminuir o risco de outros tumores, como o de cólon e o de próstata". Somem-se essas boas notícias ao fato de a linhaça ajudar a controlar os níveis de colesterol.

Aqui no Brasil, mais precisamente na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a equipe do Departamento de Nutrição também anda analisando a linhaça. O enfoque, entretanto, é outro. "Investigamos a segurança no consumo", conta a nutricionista Ana Vládia Bandeira Moreira. Explica-se: embora contenha substâncias capazes de prevenir doenças letais, o que faz dela um alimento funcional de primeira grandeza, a linhaça carrega compostos que poderiam interferir na absorção de nutrientes. Por enquanto o que se sabe é que o aquecimento da semente neutraliza esse inconveniente. Isso porque, segundo Ana Vládia, o calor diminui a atividade de algumas proteínas suspeitas de atrapalhar o aproveitamento de sais minerais. A sugestão é deixar a linhaça no forno baixo por 15 minutos. "Claro que, se ela for usada na preparação de receitas assadas, como pães ou biscoitos, não precisará disso", diz a pesquisadora, que continua mergulhada em seus estudos.

Outra dica para aproveitar ao máximo a semente é triturá-la no liquidificador. "É que a casca, bastante resistente, pode passar intacta pelo aparelho digestivo", justifica a farmacêutica bioquímica Rejane Neves-Souza, professora de nutrição da Universidade do Norte do Paraná. E aí as substâncias benéficas ficam impedidas de sair. "Mas tem que bater e comer logo, porque a linhaça é muito suscetível à oxidação", ensina o bioquímico Jorge Mancini Filho, da Universidade de São Paulo.

Os cientistas só não chegaram ainda a uma conclusão sobre a quantidade ideal de consumo. "Estamos em busca dessa resposta", suspira a nutricionista Ana Vládia. Quem dá bem a medida (sem trocadilho) da indefinição é a farmacêutica bioquímica Rejane Neves. Ela conta que já viu sugestões de porções as mais variadas de 25 gramas (1 colher de sopa bem cheia) até 45 gramas (quase 2 colheres) por dia. E comenta que alcançar esta última indicação é bem mais difícil. "A inclusão da semente no dia-a-dia deve ser gradativa".

DOURADA
É bem mais difícil encontrar a linhaça clara aqui no Brasil, já que ela aprecia climas frios. Geralmente é importada do Canadá. "Seu sabor é mais suave do que o da escura", descreve a farmacêutica bioquímica Rejane Neves-Souza, da Universidade do Norte do Paraná.


MARROM
A semente escura, nativa da região mediterrânea, já está adaptada ao solo brasileiro, onde se deu bem por causa do clima quente. Por isso é mais fácil encontrá-la por aí. Comparada com a dourada, a casca é um pouco mais resistente. Quanto aos nutrientes, não perde nada para a outra variedade.


Afinal, o que faz da linhaça um superalimento? "Sua casca guarda um mix de proteínas, minerais e vitaminas", responde o nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia. Vale destacar a vitamina E, que contribui para o funcionamento celular e, por isso, afasta o envelhecimento precoce e as doenças degenerativas.

Outros ingredientes que compõem sua poderosa fórmula são o ômega-3 e o ômega- 6, atuando em perfeita harmonia. Essa dupla, nunca é demais lembrar, garante a saúde cardiovascular. Afinal, ambos atuam na redução do LDL, o mau colesterol, responsável por estragos nas artérias. "Diversos trabalhos apontam a semente do linho como protetora do coração", reforça Jocelem Salgado, presidente da Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais e professora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba, interior paulista.

INGREDIENTE DE DESTAQUE
Entretanto, o que torna a linhaça ímpar pra valer atende pelo nome de lignana, substância que começa a sair do anonimato. Não é para menos. Ela praticamente faz as vezes do estrógeno. "Ao se ligar a receptores celulares, a lignana funciona como um falso hormônio", justifica a farmacêutica bioquímica Rejane Neves- Souza. É o que os especialistas chamam de fitoestrógeno. Aliás, foi justamente esse componente o mais mencionado nos trabalhos da canadense Lilian Thompson.

Segundo a pesquisadora, estudos com grande número de pacientes mostram a relação entre a lignana e a redução dos tumores de mama. Esse composto comprovadamente atua na apoptose celular, um mecanismo de defesa que provoca o suicídio das células defeituosas. O incrível é que, no caso do câncer, esse programa de autodestruição simplesmente não costuma funcionar. Mas a lignana topa a parada e ativa a contagem regressiva para a célula doente se explodir. E olha que nem os grandes centros de pesquisa conseguiram desenvolver a contento drogas com essa capacidade. "Observamos esse efeito em 39 pacientes", afirma Lilian, que as orientou a consumir 25 gramas de linhaça por dia durante pouco mais de um mês.

A observação desses indivíduos pela equipe da Universidade de Toronto foi rigorosa. A linhaça ressalta a pesquisadora só pode ser usada no tratamento do câncer sob estrita avaliação médica. E é bom que se diga: mesmo quem está saudável não está livre para ingerir o alimento à vontade. "O excesso pode prejudicar a membrana das células", avisa o nutrólogo Durval Ribas Filho. E para quem pensa em lançar mão de pílulas de óleo de linhaça, alto lá! "Ingerir cápsulas de suplemento, aí mesmo só sob orientação!", avisa Durval.

Para aproveitar tudo que a linhaça tem de bom, a dica é triturá-la. O liquidificador, portanto, é muito bem-vindo
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